sábado, 20 de setembro de 2008

Chorei hoje. Sem dúvidas isso se tornou meu novo calcanhar de Aquiles.
Mas não dei chance para o motivo vir à tona.
Continua aqui, guardado.
Ninguém dignou-se a ouvir essa triste história. Mas quem gosta de histórias assim?
Eu gosto, mas gosto das tristezas do Sheakespeare.
Otelo, Hamlet da Dinamarca, Romeu e tantos outros...
Interessante que não me vem à mente nenhuma história de amor (consumada, felizes para sempre) famosa. Já o contrário...
Sempre há um fator desconhecido que nos dá esse questionamento, esse sentimento.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Está tão frio essa semana. O inverno já está acabando.
Vou deixar tudo isso de lado.
As melhores coisas comigo aconteceram por acaso e quando nada esperava da vida.
Acho que é bom tomar distância do que não me faz bem.
E mais distância das coisas que supostamente me fazem bem. Pois não é assim que estou.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bons sonhos...

Sabe, hoje queria um pouco mais da sua presença. Conversar contigo faz bem.
Mas preciso me ausentar um pouco cedo nessa noite tão longa.
Saudades, ou abstinência?
Bem, desejo-te uma boa noite de sono, que ele possa revigorar além de corpo e mente, seus sonhos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dançar conforme a música.

E se possível, um tango bem caliente.
Se a vida for uma dança, concordo que já perdi o ritmo algumas vezes.
Mas não desisti, e me deram um outro par.
Um passo aqui, outro cá. E pisaram em meu pé. Tudo bem, acontece.
Tirei meu lenço e sequei minha face.
Não sei se transpirava ou chorava. O tango demanda emoção e dedicação.
Tomei então uma rosa e a pus em meus lábios.
A vida é uma dança, com licença senhorita: agora eu te tirei para dançar!
A próxima música é a mais bela de todas,
se a dançarmos com entrega, essa rosa que trago será sua, e serei seu par enquanto
houver um tango a tocar.

domingo, 14 de setembro de 2008

O trauma do amor

Outro texto genial, bom para os 'veteranos' da guerra do amor.


por Contardo Calligaris *
Todo amor busca compensar um desastre amoroso passado; somos feridos antes da batalha

NESTES DIAS, reencontrei Gérard Pommier, um colega e amigo que não via há quase 15 anos. Ele está de passagem pelo Brasil, palestrando.

Num fim de tarde, sentados na minha cozinha, colocamos a conversa em dia: filhos, trabalho e, claro, divórcios, separações e novos amores.

No capítulo "divórcios e separações", prevaleceu o tema (tragicômico) das indenizações financeiras. Como era de se esperar numa conversa entre homens, constatamos a curiosa contradição entre a reivindicação feminina de autonomia e, por outro lado, o fato de que muitas mulheres, ao se separarem, exigem uma reparação monetária.

Por estarmos ambos sóbrios, não discutimos o fundamento das pensões alimentícias para as crianças nem o da retribuição pelos anos em que uma mulher pode ter renunciado à sua vida profissional para se dedicar ao lar. Apenas estranhávamos o tipo de demanda raivosa que dá a impressão de pedir indenização pelo amor perdido.

Nos homens como nas mulheres, os amores que acabam deixam a sensação de um dano quase físico, material ("retiraram uma parte de mim") -um dano, portanto, que poderia ser compensado. Deve ser por isso que tanto os homens quanto as mulheres, às vezes, "curam" as dores de uma separação com aquisições extravagantes. "Ela me deixou? Compro uma moto."

Mas as mulheres, freqüentemente, preferem que a reparação do dano seja o ônus do ex-parceiro. Mesmo quando a iniciativa da separação foi da própria mulher (ou compartilhada por ela) e não houve "infidelidade" do lado do homem, as mulheres tendem a viver a separação como uma traição, como uma crueldade que lhes foi feita, uma sacanagem.

Há como explicar essa diferença, mas isso, hoje, não vem ao caso. O fato é que a conversa com Pommier foi interrompida porque eu fui assistir ao filme de Wong Kar-wai, "Um Beijo Roubado", que acaba de estrear. Pommier, que já tinha visto o filme na França, prometeu que ele tinha a maior relação com nossa conversa daquela noite.

De fato, o filme de Kar-wai é uma esplêndida elegia sobre o trauma amoroso. Os quatro personagens principais são todos inválidos da guerra das paixões. Ficam num canto lambendo suas feridas ou saem pelo mundo afora para esquecê-las ou cicatrizá-las, mas, de qualquer forma, para eles, um novo amor é a tentativa de compensar um desastre passado, que os deixou sem chaves para as portas da vida.

Para um psicanalista, é um prato cheio: confirma-se, indiretamente, a idéia de que nos apaixonamos pelos outros porque não nos foi permitido ficar com a mãe e ou com o pai. Todo amor corrigiria uma grande decepção amorosa, forçada e originária, todo amor seria um paliativo contra as dores da renúncia a nossas paixões edipianas. Ou seja, atrás de nossa vida amorosa, sempre há um dano inicial. "Será que alguém paga um dia?", diriam as mulheres evocadas na conversa com Pommier.

Tudo bem, mas o complexo de Édipo, que se tornou sabedoria psicológica comum, não deixa de ser um mistério. Por que seríamos saudosos de uma única relação que nos foi proibida para que todas as outras fossem permitidas? Por que seríamos para sempre queixosos de uma única perda que nos libertou e nos soltou pelo mundo?

Mais misterioso: é raro que a lembrança de nossos primeiros afetos amorosos (com a mãe, especialmente) seja a de um idílio; em geral, ela vem junto com a queixa de termos sido, de uma maneira ou de outra, preteridos ou mesmo traídos. Talvez essa lembrança queixosa seja influenciada pelo que vem depois: a gente veria nossa primeira infância pelo prisma das dores da autonomia, do crescimento e da separação.

Mas talvez haja algo mais, algo que nos torna feridos antes da batalha, queixosos de ter sofrido um dano antes de qualquer amor, inclusive antes daquela primeira relação, miticamente feliz, com a mãe. Talvez a sensação de que fomos traídos, e não nos foi dado o que queríamos e esperávamos anteceda o amor e suas frustrações. Talvez todos os amores, inclusive o edipiano, sejam apenas compensações frustrantes por um dano que, aliás, inevitavelmente, eles renovam. Mas de que dano estou falando?

De qual sensação originária de que o mundo sempre nos priva porque nunca responde à altura de nossos pedidos?

Missão de um casal .

Hoje mais um dia normal.
Reunião de família, boa parte dela pelo menos.
Alguns não mais entre nós, outros ausentes por opção. Ou por conseqüência.
A mesma conversa de sempre, vi que a família precisa se renovar. Novos casamentos, novos membros.
Quero fazer uma boa escolha nesse sentido, ajudaria até para festas familiares, e nem no dia-a-dia. Quero uma mulher com assunto, mulher brasileira é inteligente; bunda é fator da nossa miscigenação.

Legal, reparei num texto de um psicanalista famoso que passa nesse assunto da mesma forma que vejo. Leia em sequência:

O segredo da vida de um casal

Contardo Calligaris

Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.

Em geral , na literatura, no cinema e nas nossa fantasias, as histórias de amor acabam quando os amantes se juntam (é o modelo Cinderela) ou, então, quando a união esbarra num obstáculo intransponível (é o modelo Romeu e Julieta). No modelo Cinderela, o narrador nos deixa sonhando com um “viveram felizes para sempre”, que seria a “óbvia” conseqüência da paixão. No modelo Romeu e Julieta, a felicidade que os amantes teriam conhecido, se tivessem podido se juntar, é uma hipótese indiscutível. O destino adverso que separou os amantes (ou os juntou na morte) perderia seu valor trágico se perguntássemos: será que Romeu e Julieta continuariam se amando com afinco se, um dia, conseguissem deitar-se juntos sem que Romeu tivesse que escalar a casa de Julieta até o famoso balcão? Ou se, em vez de enfrentar a oposição letal de suas ascendências, eles passassem os domingos em espantosos churrascos de família?

Talvez as histórias de amor que acabam mal nos fascinem porque, nelas, a dificuldade do amor se apresenta disfarçada. A luta trágica contra o mundo que se opõe à felicidade dos amantes pode ser uma metáfora gloriosa da dificuldade, tragicômica e inglória, da vida conjugal. O casal que dura no tempo, em regra, não é tema para uma história de amor, mas para farsa ou vaudeville -às vezes, para conto de terror, à la “Dormindo com o Inimigo”.

Durante décadas, Calvin Trillin escreveu uma narrativa de sua vida de casal, na revista “New Yorker” e em alguns livros (por exemplo, “Travels with Alice”, viajando com Alice, de 1989, e “Alice, Let’s Eat”, Alice, vamos para a mesa, de 1978). Nesses escritos, que são só uma parte de sua produção, Trillin compunha com sua mulher, Alice, uma dobradinha humorística, em que Calvin era o avoado, o feio e o desajeitado, e Alice encarnava, ao mesmo tempo, a beleza, a graça e a sabedoria concreta de vida.

À primeira vista, isso confirma a regra: a vida de casal é um tema cômico. Mas as crônicas de Trillin eram delicadas e tocantes: engraçadas, mas nunca grotescas. Trillin não zombava da dificuldade da vida de casal: ele nos divertia celebrando a alegria do casamento. Qual era seu segredo? Pois bem, Alice, com quem Trillin se casou em 1965, morreu em 2001.

Trillin escreveu “Sobre Alice”, que acaba de ser publicado pela Globo. Esse pequeno e tocante texto de despedida desvenda o segredo de um amor e de uma convivência felizes, que duraram 35 anos. O segredo é o seguinte: Calvin e Alice, as personagens das crônicas, não eram artifícios literários, eram os próprios. A oposição entre os dois foi, efetivamente, o jeito especial que eles inventaram para conviver e prolongar o amor na convivência.

Considere esta citação de um texto anterior, que aparece no começo de “Sobre Alice”: “Minha mulher, Alice, tem a estranha propensão de limitar nossa família a três refeições por dia”. A graça está no fato de que a “propensão” de Alice não é extravagante, mas é contemplada por Calvin como se fosse um hábito exótico.

Alice é situada e mantida numa alteridade rigorosa, em que é impossível distinguir qualidades e defeitos: Calvin a ama e admira como a gente contempla, fascinado, uma espécie desconhecida num documentário do Discovery Channel. Se amo e admiro o outro por ele ser diferente de mim (e não apesar de ele ser diferente de mim), não posso considerar que minha maneira de ser seja a única certa. Se Calvin acha extraordinário que Alice acredite na virtude de três refeições diárias, ele pode continuar petiscando o dia todo, mas seu hábito lhe parecerá, no fundo, tão estranho quanto o de Alice.

Com isso, Calvin e Alice transformaram sua vida de casal numa aventura fascinante: a aventura de sempre descobrir o outro, cuja diferença inesperada nos dá, de brinde, a certeza de que nossa obstinada maneira de ser, nossos jeitos e nossa neurose não precisam ser uma norma universal, nem mesmo a norma do casal. Há quem diga que o parceiro ideal é aquele que nos faz rir. Trillin completou a fórmula: Alice era quem conseguia fazê-lo rir dele mesmo. Com isso, ele descobriu a receita do amor que dura.

sábado, 13 de setembro de 2008

Misunderstanding...

Imagine você querer bem uma pessoa, querer falar muitas coisas a ela, e quer ouvir também, é claro!
Mas quando encontra essa pessoa, você fica mudo, apático, outra pessoa.
E esse alguém acha que é com ela isso que se passa com você.
Como eu me sinto mal quando não consigo me expressar, quando nossa linguagem mostra suas limitações, o que poderia fazer?
Pode ser que as pessoas nos queiram prontos a todo tempo, mas pera lá!
Sou o que sou. O que não sou, pode ser que um dia eu venha a ser, mas não agora.
Não ainda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Amar é...


Sem vontade para escrever, sem vontade para muita coisa hoje.
Ainda não tenho uma válvula de escape grande o suficiente para aliviar isso.
E se tivesse eu me esvairia nela.
Afinal, tudo isso faz parte de mim.

Vamos fugir?

Queria fugir hoje.
E ir para uma ilha deserta.
Mas o mundo já está todo habitado.
Deserto só o meu coração ainda, até o dia da sua chegada.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

10 coisas que nunca vamos ouvir dos nossos chefes.


1. Você tem trabalhado muito, vai pra casa descansar;
2. Quer um aumento?
3. Nem eu faria este trabalho melhor;
4. Desculpe, eu estou errado;
5. Vou adiantar seu salário;
6. A culpa foi minha;
7. Escolhe qual computador você quer;
8. A empresa não funciona sem você;
9. Você é o chefe agora;
10. Quando eu morrer isto tudo será seu.

Quer dar um "UP" nas suas visitas?

Arnaldo Jabor, meu guru intelectual:


1. Deus é amor.
O amor é cego.
Stevie Wonder é cego.
Logo, Stevie Wonder é Deus.

2. Nada é melhor que a felicidade eterna.
Um tomate já é melhor do que nada.
Logo, um tomate é melhor que a felicidade eterna.

3. Imagine um pedaço de queijo suíço,
daqueles bem cheios de buracos.
Quanto mais queijo, mais buracos.

Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.

Quanto mais queijos mais buracos,
e quanto mais buracos, menos queijo.

Logo, quanto mais queijo, menos queijo...


4. Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

5. Disseram-me que eu sou ninguém.
Ninguém é perfeito.
Logo, eu sou perfeito.

6.Mas só Deus é perfeito.
Portanto, eu sou Deus.
Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder!!!!
Meu Deus, eu sou cego!!!

Em um banheiro público pode acontecer de tudo, ainda bem que só os utilizo em caso de vida ou morte. E olhe que por mim prefiro morrer em casa a ter que voltar a um desses WC (Water Closet)...


Estavam no banheiro um negão, um gaúcho e um japonês.

O negão tira sua ferramenta para fora e canta:

- Meu fuscão preto você é feito de aço...

O gaúcho não quis ficar para trás tira o seu e canta:

- Nessa longa estrada da vida...

O japonês indignado com aquela situação olha para os dois, tira o seu para fora e canta:

- Cadê você que nunca mais apareceu aqui...

Tadinha...


Minha mãe contou um causo que ouviu no seu trabalho:

Um rapaz evangélico conheceu uma moça na escola. Ela disse que não tinha namorado.
Ele acreditou, e começaram a namorar. Porém, essa moça tinha envolvimento com um traficante. E foram pegar ele na escola. Pedi para minha mãe poupar dos detalhes, mas o que ela deixou escapar foi que o resgate teve que dar choque (desfibrilador) para reanimar o moço.
E contam que vão atrás desses bandidos atrás de vingança, pois foi muito bruto o ocorrido, e bla bla bla...
Epa! Eu vi a conspiração. A moça se deu bem, ela que causou isso tudo e veja quem vai pagar...

Quero logo achar a minha, livre dessas perversidades, tirá-la desse mundo cão nunca-vacinado, e dar as costas a tudo isso.

Gripe - parte 2.


Acordei ainda gripado.

Fui ao médico, fiz uma radiografia. Havia umas manchas pelo que pude ver (fiz um semestre de facul para tecnólogo de radiologia, que já é lá alguma coisa...) , o médico falou que era secreção somente, como não referi febre a ele, disse que não era nada grave como uma pneumonia.

Fiz uma inalação simples de soro fisiológico , e ele pediu um hemograma completo só para averiguar e não ficarem dúvidas.

Fui até a sala de medicação aguardar para colher o exame. Havia somente uma ficha na frente, coloquei a minha por detrás, sendo assim o segundo na fila. Veio uma mulher, loira e colocou sua ficha em seguida. Na hora imaginei que na frente da minha. Dito e feito, ela foi tomar sua injeção + soro antes de mim. Tudo bem...tudo muito bem...

Essa mesma loira ao aguardar o soro se postou de costas a um senhor até agora meio desfalecido, que não tinha mostrado a que veio; mas não pude deixar de reparar nele que, ao olhar a moça de costas ganhou nova vida, não pôde disfarçar. Poucos podem.

Não vi nada demais nela, tem o que outra mulher tem da mesma forma.

Ouvi um grito! Meu Deus, o que acontece?? Vejo sair uma moça mancando detrás do biombo. Na certa uma bela injeção. Mas que frouxa, que frouxa!!

Tudo isso se passou em torno de 5 minutos desde a chegada àquela sala.

Que hora para tirar sangue! , só pelo primeiro contato com a enfermeira já vi que seria difícil essa tarefa...Pediu meu nome e sobrenome, já que não simpatizei mesmo, nem falei nada; entreguei meu cartão para que ela pudesse saber o que precisasse.

Era uma loira (nada contra, mas sou mais as morenas), veio direto no meu braço direito. Ora, sou eu que sei qual o melhor braço. - O esquerdo é melhor. - eu disse, já desaprovando por ela não ter perguntado algo a respeito

Tirou o garrote do braço menos destro e veio para o lado do coração. Começou a fazer caretas e meteu uma agulhada. É, meteu mesmo pela dor que senti, o certo era ela fazer uma punção venosa (que seria uma picada discreta), mas meteu mesmo a agulha no meu braço. E não na veia, pois não fluia sangue sequer. Não se contentando ficou caçando uma veia com a agulha já dentro do braço. Fui bem claro:

- Faça um novo furo no braço direito, pois não estou a fim de ser todo furado. - Ela entendeu o recado e foi pedir ajuda a uma outra enfermeira, disse atrás do biombo (e eu senti que ela disse) que não tinha acesso fácil...deixa ela comigo...

Veio então a nova loira, parecia ter mais frieza – coisa necessária para a função- mas não pude deixar de me sentir desconfortável com a idéia de ter sido furado sem sucesso...

A loira sem destreza, que me furou de graça, ainda me pergunta: - Você tem medo?

- Nada a declarar cara cidadã...

E assim, fui devidamente puncionado e amanhã terei o resultado do exame.

E só uma coisa, enfermeira. Não foi medo que eu senti. Foi ver que sempre que uma mulher se aproxima de mim só me machuca. E não foi diferente dessa vez, foi?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gripe.


Gripado, fazem (nossa!) 6 dias?! Como assim, foi "ontem" que comecei a tossir...
Bem, todo mês pego uma gripe, é de praxe.
Imunidade baixa? Nah! Como de tudo o que vem à mesa; anemia e baixa imunidade por má-alimentação será algo que nunca terei.
Não sei, sinto que meu corpo está se desintoxicando sabe. Drogas, bah! Não é disso que falo.
Realmente não sei, sinto-me expulsando alguma coisa que está aqui dentro e não tem me feito bem.
Sim, um corpo estranho. Mas não físico.
Sejamos mais diretos, sentimentos.
Há algum tempo atrás poderia fazer qualquer coisa (qualquer...) , tal eram as crises que eu tinha; pelo tanto que me fez bem, até agora há pouco inversamente me fez mal.
Porém, concluo hoje, gradativamente meu corpo está se libertando disso. Tenho me sentido mais livre, mais gripado e esperando a cura.
Moisés morreu e não entrou na Terra Prometida. Preciso correr atrás da minha felicidade, não quero morrer na praia mesmo!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Black Box


Tudo parece um acidente.
A vida, que começou por acaso.
O amor, que começou sem avisar.
A briga, que não era para acontecer.
E aquela queda, pois o avião que não foi projetado para cair.
Mas de fato, foi por acidente.Tudo.
E um dia será averiguado, desde o avião até o coração.
Isso é, se encontrarem a caixa preta.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ai se vira moda...

Minha senhora, como podeis ter todo o meu amor, e agora me diz que foi engano?
Ai de mim se vira moda.
Ainda ontem meu cão (já criado e bem alimentado) se voltou para mim e me segredou: "Muito obrigado, mas nunca foi meu dono; o que aconteceu é que me encontraste faminto e ferido, de mim cuidaste e me deste de comer. Mas não sou propriedade sua. Acho que estendeste mal. Tchau."
E já virou moda.
Juro-te, minha filha ontem completou seus 15 anos, e como estava linda! Linda e alegre.
Linda porque parece com a mãe, e sua alegria era minha curiosidade. Que logo passou.
"Papai, agradeço por tudo, desde o primeiro dia até hoje. Mas não és o meu pai. Não faça essa cara por favor, não é para se sentir mal com essa verdade. Tudo o que aconteceu foi que me tiveste quando era bebê, me ensinou a andar, a falar e a ser uma mulher. Mas como soma de todos os seus aprendizados, sei pensar e não preciso mais de ti. Pode alugar meu quarto se quiser. Tome, esse é meu novo endereço. Tchau."
Ai de mim.
Bem, se é moda, Deus precisa ouvir umas verdades.

Escambo

Ora, já se tornou uma troca de favores.
E não me contento com isso.
Tão bom é quando se desafia,
quando tudo vai contra e ainda sim sentimos que dá.
É um risco a se correr, pois o alto-mar não é pra qualquer um.
E quem fica na história é quem naufragou, não quem registra o acidente.
Quem fica na história é quem descobre novos céus e novas terras.
Ousar é viver. Viver é a maior ousadia, sem excessos.
Todo o contrário é covardia. E aos covardes os esfregões, e mandem todos lavar o convés.