segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Beijos.

Mas essa vida é tão interessante.
Olha eu aqui animado, empolgado com uma coisa aí ...
Não mais chateado e triste.
É bom sentir isso, mas para sempre, sempre assim - forte e que me faça sorrir.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Com essa pergunta que o orkut.com deseja que consigamos nos definir no perfil.
Com uma pergunta semelhante, Sofia Amundsen ( O Mundo de Sofia) dá uma reviravolta no mundo. E recomendo a todos lerem esse livro ao invés de tentar se auto-definir nesses bobos sites de relacionamento.

E por falar em orkut...

Essa semana (acho que dia 30/11) li uma frase boba, mas que gostei tanto que está no meu perfil do orkut.
É a seguinte...

Quem sou eu?
≈≈≈≈Te conto no caminho.
≈≈≈≈≈≈Isso é, se o nosso for o mesmo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Estrada Sinuosa

Tava bronqueado esses dias...
Hoje fui numa agência ver um emprego bacana que me propuseram. Perto dessa agência, bem no caminho tinha um sebo (é não foi uma pedra...).
Não pensei duas vezes, na volta passei lá, e encontrei 3 livros do Morris West, comprei os 3 com grande prazer.
Escolhi o menor dos 3 para começar a leitura e nossa... já no primeiro parágrafo Morris me arrebatou com seu jeito cínico (cínico dos filósofos, não dos descarados) de ver o mundo.
Morris me acalma, e olha que desconfio de poetas e escritores. Mas ele não, parece que eu o entendo e sou correspondido. Me vejo em seus personagens, que se acham o tal e no final são humanos como todo o resto.
Fico muito feliz de poder resgatar minha alegria ao ler um livro. E uma alegria que posso repetir quantas vezes puder, e sempre terei novas risadas, novos resmungos, novas exultações para fazer.
E olha que seus livros deixam muitas pessoas no chinelo, ah se deixam...

sábado, 29 de novembro de 2008

Nada para escrever espontaneamente.
Não há nada mais espontâneo. Pois é tudo previsível demais que não tem porque improvisar...
-
Para que acreditar nas mesmas promessas, que sempre foram ditas e sempre foram quebradas.
Existe em mim uma negação de tudo o que existe. Sim! Quer dizer, NÃO!
Só há um fervor em mim quando é para questionar as coisas, negar e blasfemar (!) .
Negando tudo, até as minhas negações.


"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos... TUDO BEM!O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos"

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pérolas...


Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas...”


As pérolas são feridas curadas, perólas são produtos da dor, resultada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar.
Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é formada.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...

Já virou desafio...



Desafio
Intérprete: Belo
Composição: Délcio Luiz / Adalto Magalha

Já virou desafio
Me apossar do teu corpo
Teu olhar é tão frio
Só me deixa nervoso

Sensação de vazio
Nesse quarto sombrio
Quando olho seu rosto

Sou bicho no cio
Tão carente na cama
Chega dar calafrio
Esqueceu que me ama

Já virou desafio
Nesse quarto sombrio
Acabar com esse drama

Amor, senta aqui no meu colo
Desta vez eu imploro... eu imploro
Amor, faz as pazes comigo
Nosso amor é tão lindo... é tão lindo


sábado, 15 de novembro de 2008

Borboletas



BORBOLETAS

Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas vôou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim

Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos
Sei que estou amando mas ainda não sei quem


Não sei dizer o que mudou
Mas nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Os homens não são todos iguais, ainda bem.

Vendo casos como do Maníaco do Parque, Isabella Nardoni, Eloá e agora da jovem Rachel (dentre inúmeros outros não divulgados na mídia.), dá um asco, nojo.

Sinto vergonha de pertencer ao gênero masculino ao ver tudo isso.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Perfume.



Pra quê a pressa de chegar?
Temos toda a eternidade pela frente.
Lá na frente há um lugar reservado para quem espera, um lugar com sombra e água pura.
Se lá eu chegasse agora, não estaria cansado nem teria sede, de nada me valeria sombra e água.
Mas depois de tanto andar, com pés calejados e a pele queimada do sol, esse oásis terá seu valor.Então, pra quê a pressa de chegar?
Tenho sim a calma de caminhar, dando ao tempo a chance de fazer o que deve ser feito, da forma que for.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008



Hoje uma lágrima marota rolou por minha face.
Pois hoje eu gosto tanto de você, ontem também gostava, anteontem já gostava também...
A lágrima me questiona o amanhã, o que posso fazer é secá-la e mostrar que o me dá o prazer de sorrir é o hoje. De fato o amanhã magoa se nele nos fixamos.
Essa gota agridoce me causa pensamentos longínquos, distantes e constantes.

- Psiu, desca aí do alto menino e seca o rosto, é saudade o que está sentindo agora.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um poema.

" E como um anjo pendeu

As asas para voar...

Queria a lua do céu,

Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu

Ruflaram de par em par...

Sua alma subiu ao céu,

Seu corpo desceu ao mar..."

Alphonsus de Guimaraens

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

W. Shakespeare

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amor

Amor é moda
Amor em voga
Amor é prece de quem roga
Amor não sabe nadar, e não se afoga
Amor é a maior invenção depois da roda
Amor entorpece, ainda que não seja droga
Amor faz a gente escalar dez Everests e ainda sussurra: vai se joga.
Amor é desafio, são 10 mandamentos, são 12 trabalhos, que nos põem a toda prova.
Amor é eterna primavera, que nunca deixa de florir não importando o quanto se poda.
Amor é o verso que destoa, que não rima, que não se doma e não se vende, antigo e ainda se renova.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Un gran amor.


El amor entre dos personas necesita ser inmenso para tener sentido.
No vale la pena tener um plazer pasajero y quedar despues con añoranza y con mucho dolor.
Una uniòn solo se debe llevar a cabo, si es por amor, asi la felicidad entre los dos no proporcionará lamentos despues...
Muchos sueñan con encontrar uma persona que no encuentre el cariño banal o ultrapassado, que no haga cobranzas o ni inponga nada y encuentre lindo el caminar siempre de las manos en una real y necesaria culplicidad.
Si una persona desea vivir bien juntas, mas que respete tambien la individualidad...
En un gran amor no hay impedimientos y los dos expresan libremente sus sentimientos; encuentrar romantico resibir flores, tarjetas y desea experimentar nuevas emociones.
Un gran amor lleva a los dos a compartir y a apoyar igualmente, cuando algunos de los dos venga a fallar.
Dios esta presente en esa relacionamiento y lo sustenta con su gracia a cada momento...
Abra solamente tu corazón para alguien, si es para vivir un gran amor.
Solo asi los dos viven un gran amor asi, el bello y fuerte que vencerá las luchas y la propria muerte...

domingo, 19 de outubro de 2008

Vida: Valioso Relicário.


Sabe, uma vez estava questionando a necessidade de fazermos tudo no dia de hoje, pois como é conhecido e notório, o amanhã é incerto. Estaremos vivos lá?
Daí me disseram uma coisa: Você sempre vive.
É...isso é verdade de fato, uma verdade que nos acomoda. É uma garantia de liberdade, mas ao mesmo tempo um contrato que nos escraviza em planos futuros.
Entre essas duas verdades sobre o amanhã (ser e não mais ser) prefiro uma terceira: o hoje, o presente, lugar onde vivo e estou.
Não existe ciência sobre o futuro, nem conhecimento popular sobre ele. Não há como saber o que ainda não veio a ser.

Eu opto pelo hoje, pela felicidade, pela dor que me ajuda a crescer, pela luta, pela virtude, pela vida. Não faço nada pelo futuro, quero que as coisas sejam como na natureza, onde as borboletas fazem a primavera florir apenas voando, onde o pássaro come a fruta e joga fora a semente, ambos sem a pretensão de polinizar ou plantar, só apenas vivem - o resto vem como milagre, consequência do hoje vivido sem reservas ou medidas.

"Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir, eu aconchegaria você mais apertado e rogaria ao Senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta. Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração, eu filmaria cada gesto, cada palavra sua; para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez, eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: Eu te amo, ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez, eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar: " Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."


É claro que haveráum amanhã para se fazer uma revisão, e nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta. É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: " Eu te amo".

E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro: " Posso te ajudar em alguma coisa?" Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos, eu gostaria de dizer o quanto eu amo você. E espero que nunca esqueçamos disso.

O dia de amanhã não está prometido para ninguém, jovem ou velho, e hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da pessoa que você ama.

Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto da sua vida de não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo, porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa , aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queria.

Então, abrace seu amado, a sua amada hoje, bem apertado. Sussurre nos seus ouvidos dizendo o quanto o ama e o quanto quer junto de você. Gaste um tempo para dizer:

Me desculpe, Por favor, Me perdoe, Obrigado.

Ou ainda:

Não foi nada, Está tudo bem.

Porquê, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje. Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue."

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fair Play.

Ontem assisti a uma partida de futebol aqui perto de casa e me deparei com uma situação interessante: o Fair Play.
Fair Play nada mais é do que espírito esportivo, "jogo limpo" se traduzido o termo.
Na pelada que assisti se resumiu no seguinte lance: Um jogador do time A se machucou e ficou caído ao chão, o time B tinha posse da bola e não se aproveitou do fato de ter um jogador a mais, jogou a bola para fora para que o jogador saísse de campo. Após a saída do machucado, o time A devolveu a bola ao time B, fazendo assim o chamado Fair Play e me deixando com a mente aguçada, causando uma reflexão.

E se houvesse o Fair Play no amor?
Como seriam as relações?
Talvez ele não exista porque as pessoas sejam egoístas em sua maioria,e por esse motivo pouco condescendentes.
Fair Play para mim seria ainda, a sinceridade em uma relação.
Dizer que gosta quando gosta. Falar que ama quando realmente amar. Para não haver enganos. Há jogo limpo aí também.
Do contrário se só um dos lados pratica o Fair Play, em algum momento essa pessoa irá se sentir usada, prejudicada, como se algo lhe fora tomado e não devolvido. E onde reclamar do amor culpado?

No futebol o Fair Play foi criado para incutir esse espírito nos jogadores, ainda que o esperado era que isso fosse algo natural e não "imposto" , não há punições se não existe jogo limpo.

Da mesma forma não posso pedir para alguém que tenha Fair Play no amor,seria melhor se já praticasse espontaneamente.

Ah, e por favor. Não estou comparando amor ào futebol.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008



Nossa, estou muito cheio de mim mesmo. Ainda que algumas coisas não estejam em seu eixo, tenho hoje propriedade da alegria. Tudo vai ter que dar certo...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sala do suplício.


Depois de sofrer por amor, seria a melhor forma de recomeçar amando?
Depois de me desiludir, seria a melhor escolha acreditar em uma nova fantasia?
Tudo isso se torna um ciclo, vivemos isso algumas vezes. Eu vivenciei esse ciclo o suficiente para me dar conta do que está acontecendo, poder olhar para fora da janela e pedir para descer.
Mas para que descer? Logo mais estarei lá em cima, e melhor lugar não há...
Preciso então melhor entender esse trecho da viagem, onde me sinto perdido e minhas mãos se tornam fracas. Poderia fechar os olhos e esperar nova arremetida mas esse não seria eu.
Quero que a resposta irrompa essa dúvida, essa dor, esse suplício; para que eu possa te mostrar também que só é uma fase, um trecho a ser percorrido. E que vai passar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sonho bom...


Hoje sonhei com você sabia?
Estávamos caminhando juntos, fazendo coisas do dia-a-dia.
Estava chovendo também, e íamos a uma consulta . Você me aguardava com o guarda-chuva em mãos.
Após a consulta lembro que o tomei das suas mãos, exaltando o cavalheirismo (risos) e te protegendo da chuva.
Vimos um animal que sofria também, teve esse ponto (único) triste.
Sonhos são em geral confusos ou esclarecedores.
Foi o primeiro contato que tive com você assim pessoalmente, ainda que em sonho.
Foi um sonho agradável, um sonho bom.

Não te disse que eu ir dormir não significaria te abandonar?





Em todas as épocas os sonhos sempre ocuparam a atenção dos homens. Para alguns povos antigos, os sonhos eram a chave do conhecimento mágico e espiritual, onde seriam reveladas passagens secretas para fatos do passado, presente e futuro. Em psicologia, a análise do sonho é bastante utilizada como instrumento para o terapeuta. Nem todas as correntes da psicanálise fazem uso do estudo dos sonhos, mas para Freud, por exemplo, o sonho diz respeito ao inconsciente e a fenômenos psíquicos durante o sono, sendo o sonho um mapa para o inconsciente.

Uma vez que os sonhos estão ligados ao inconsciente, não há, neles, uma seqüência lógica de fatos, não estando presos às leis espaço-temporais do mundo físico. Recheados de fatos cotidianos e de impulsos inconscientes, em geral, tudo parece estranho num sonho, onde muitas vezes somos espectadores, como que vendo um filme, e noutras vezes somos os protagonistas de histórias surreais, onde tudo é possível e desejos inconscientes podem vir à tona. O sonho funciona assim, como um mediador de forças entre o consciente e o inconsciente, fazendo com que situações agradáveis possam ser mantidas e prolongadas durante o sonho, e que situações ameaçadoras possam ser interrompidas.

Para Freud, o conteúdo visível do sonho é a história que se desenrola, mas o que mais interessa é o que está por trás da história, os impulsos inconscientes que a originaram.

Os sonhos são formados por um complexo conjunto de fatores que ainda não foram totalmente desvendados, seja por místicos ou por cientistas, mas que sempre farão parte da vida do ser humano. Os sonhos revelam um outro mundo, um outro "eu".

sábado, 20 de setembro de 2008

Chorei hoje. Sem dúvidas isso se tornou meu novo calcanhar de Aquiles.
Mas não dei chance para o motivo vir à tona.
Continua aqui, guardado.
Ninguém dignou-se a ouvir essa triste história. Mas quem gosta de histórias assim?
Eu gosto, mas gosto das tristezas do Sheakespeare.
Otelo, Hamlet da Dinamarca, Romeu e tantos outros...
Interessante que não me vem à mente nenhuma história de amor (consumada, felizes para sempre) famosa. Já o contrário...
Sempre há um fator desconhecido que nos dá esse questionamento, esse sentimento.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Está tão frio essa semana. O inverno já está acabando.
Vou deixar tudo isso de lado.
As melhores coisas comigo aconteceram por acaso e quando nada esperava da vida.
Acho que é bom tomar distância do que não me faz bem.
E mais distância das coisas que supostamente me fazem bem. Pois não é assim que estou.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bons sonhos...

Sabe, hoje queria um pouco mais da sua presença. Conversar contigo faz bem.
Mas preciso me ausentar um pouco cedo nessa noite tão longa.
Saudades, ou abstinência?
Bem, desejo-te uma boa noite de sono, que ele possa revigorar além de corpo e mente, seus sonhos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dançar conforme a música.

E se possível, um tango bem caliente.
Se a vida for uma dança, concordo que já perdi o ritmo algumas vezes.
Mas não desisti, e me deram um outro par.
Um passo aqui, outro cá. E pisaram em meu pé. Tudo bem, acontece.
Tirei meu lenço e sequei minha face.
Não sei se transpirava ou chorava. O tango demanda emoção e dedicação.
Tomei então uma rosa e a pus em meus lábios.
A vida é uma dança, com licença senhorita: agora eu te tirei para dançar!
A próxima música é a mais bela de todas,
se a dançarmos com entrega, essa rosa que trago será sua, e serei seu par enquanto
houver um tango a tocar.

domingo, 14 de setembro de 2008

O trauma do amor

Outro texto genial, bom para os 'veteranos' da guerra do amor.


por Contardo Calligaris *
Todo amor busca compensar um desastre amoroso passado; somos feridos antes da batalha

NESTES DIAS, reencontrei Gérard Pommier, um colega e amigo que não via há quase 15 anos. Ele está de passagem pelo Brasil, palestrando.

Num fim de tarde, sentados na minha cozinha, colocamos a conversa em dia: filhos, trabalho e, claro, divórcios, separações e novos amores.

No capítulo "divórcios e separações", prevaleceu o tema (tragicômico) das indenizações financeiras. Como era de se esperar numa conversa entre homens, constatamos a curiosa contradição entre a reivindicação feminina de autonomia e, por outro lado, o fato de que muitas mulheres, ao se separarem, exigem uma reparação monetária.

Por estarmos ambos sóbrios, não discutimos o fundamento das pensões alimentícias para as crianças nem o da retribuição pelos anos em que uma mulher pode ter renunciado à sua vida profissional para se dedicar ao lar. Apenas estranhávamos o tipo de demanda raivosa que dá a impressão de pedir indenização pelo amor perdido.

Nos homens como nas mulheres, os amores que acabam deixam a sensação de um dano quase físico, material ("retiraram uma parte de mim") -um dano, portanto, que poderia ser compensado. Deve ser por isso que tanto os homens quanto as mulheres, às vezes, "curam" as dores de uma separação com aquisições extravagantes. "Ela me deixou? Compro uma moto."

Mas as mulheres, freqüentemente, preferem que a reparação do dano seja o ônus do ex-parceiro. Mesmo quando a iniciativa da separação foi da própria mulher (ou compartilhada por ela) e não houve "infidelidade" do lado do homem, as mulheres tendem a viver a separação como uma traição, como uma crueldade que lhes foi feita, uma sacanagem.

Há como explicar essa diferença, mas isso, hoje, não vem ao caso. O fato é que a conversa com Pommier foi interrompida porque eu fui assistir ao filme de Wong Kar-wai, "Um Beijo Roubado", que acaba de estrear. Pommier, que já tinha visto o filme na França, prometeu que ele tinha a maior relação com nossa conversa daquela noite.

De fato, o filme de Kar-wai é uma esplêndida elegia sobre o trauma amoroso. Os quatro personagens principais são todos inválidos da guerra das paixões. Ficam num canto lambendo suas feridas ou saem pelo mundo afora para esquecê-las ou cicatrizá-las, mas, de qualquer forma, para eles, um novo amor é a tentativa de compensar um desastre passado, que os deixou sem chaves para as portas da vida.

Para um psicanalista, é um prato cheio: confirma-se, indiretamente, a idéia de que nos apaixonamos pelos outros porque não nos foi permitido ficar com a mãe e ou com o pai. Todo amor corrigiria uma grande decepção amorosa, forçada e originária, todo amor seria um paliativo contra as dores da renúncia a nossas paixões edipianas. Ou seja, atrás de nossa vida amorosa, sempre há um dano inicial. "Será que alguém paga um dia?", diriam as mulheres evocadas na conversa com Pommier.

Tudo bem, mas o complexo de Édipo, que se tornou sabedoria psicológica comum, não deixa de ser um mistério. Por que seríamos saudosos de uma única relação que nos foi proibida para que todas as outras fossem permitidas? Por que seríamos para sempre queixosos de uma única perda que nos libertou e nos soltou pelo mundo?

Mais misterioso: é raro que a lembrança de nossos primeiros afetos amorosos (com a mãe, especialmente) seja a de um idílio; em geral, ela vem junto com a queixa de termos sido, de uma maneira ou de outra, preteridos ou mesmo traídos. Talvez essa lembrança queixosa seja influenciada pelo que vem depois: a gente veria nossa primeira infância pelo prisma das dores da autonomia, do crescimento e da separação.

Mas talvez haja algo mais, algo que nos torna feridos antes da batalha, queixosos de ter sofrido um dano antes de qualquer amor, inclusive antes daquela primeira relação, miticamente feliz, com a mãe. Talvez a sensação de que fomos traídos, e não nos foi dado o que queríamos e esperávamos anteceda o amor e suas frustrações. Talvez todos os amores, inclusive o edipiano, sejam apenas compensações frustrantes por um dano que, aliás, inevitavelmente, eles renovam. Mas de que dano estou falando?

De qual sensação originária de que o mundo sempre nos priva porque nunca responde à altura de nossos pedidos?

Missão de um casal .

Hoje mais um dia normal.
Reunião de família, boa parte dela pelo menos.
Alguns não mais entre nós, outros ausentes por opção. Ou por conseqüência.
A mesma conversa de sempre, vi que a família precisa se renovar. Novos casamentos, novos membros.
Quero fazer uma boa escolha nesse sentido, ajudaria até para festas familiares, e nem no dia-a-dia. Quero uma mulher com assunto, mulher brasileira é inteligente; bunda é fator da nossa miscigenação.

Legal, reparei num texto de um psicanalista famoso que passa nesse assunto da mesma forma que vejo. Leia em sequência:

O segredo da vida de um casal

Contardo Calligaris

Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.

Em geral , na literatura, no cinema e nas nossa fantasias, as histórias de amor acabam quando os amantes se juntam (é o modelo Cinderela) ou, então, quando a união esbarra num obstáculo intransponível (é o modelo Romeu e Julieta). No modelo Cinderela, o narrador nos deixa sonhando com um “viveram felizes para sempre”, que seria a “óbvia” conseqüência da paixão. No modelo Romeu e Julieta, a felicidade que os amantes teriam conhecido, se tivessem podido se juntar, é uma hipótese indiscutível. O destino adverso que separou os amantes (ou os juntou na morte) perderia seu valor trágico se perguntássemos: será que Romeu e Julieta continuariam se amando com afinco se, um dia, conseguissem deitar-se juntos sem que Romeu tivesse que escalar a casa de Julieta até o famoso balcão? Ou se, em vez de enfrentar a oposição letal de suas ascendências, eles passassem os domingos em espantosos churrascos de família?

Talvez as histórias de amor que acabam mal nos fascinem porque, nelas, a dificuldade do amor se apresenta disfarçada. A luta trágica contra o mundo que se opõe à felicidade dos amantes pode ser uma metáfora gloriosa da dificuldade, tragicômica e inglória, da vida conjugal. O casal que dura no tempo, em regra, não é tema para uma história de amor, mas para farsa ou vaudeville -às vezes, para conto de terror, à la “Dormindo com o Inimigo”.

Durante décadas, Calvin Trillin escreveu uma narrativa de sua vida de casal, na revista “New Yorker” e em alguns livros (por exemplo, “Travels with Alice”, viajando com Alice, de 1989, e “Alice, Let’s Eat”, Alice, vamos para a mesa, de 1978). Nesses escritos, que são só uma parte de sua produção, Trillin compunha com sua mulher, Alice, uma dobradinha humorística, em que Calvin era o avoado, o feio e o desajeitado, e Alice encarnava, ao mesmo tempo, a beleza, a graça e a sabedoria concreta de vida.

À primeira vista, isso confirma a regra: a vida de casal é um tema cômico. Mas as crônicas de Trillin eram delicadas e tocantes: engraçadas, mas nunca grotescas. Trillin não zombava da dificuldade da vida de casal: ele nos divertia celebrando a alegria do casamento. Qual era seu segredo? Pois bem, Alice, com quem Trillin se casou em 1965, morreu em 2001.

Trillin escreveu “Sobre Alice”, que acaba de ser publicado pela Globo. Esse pequeno e tocante texto de despedida desvenda o segredo de um amor e de uma convivência felizes, que duraram 35 anos. O segredo é o seguinte: Calvin e Alice, as personagens das crônicas, não eram artifícios literários, eram os próprios. A oposição entre os dois foi, efetivamente, o jeito especial que eles inventaram para conviver e prolongar o amor na convivência.

Considere esta citação de um texto anterior, que aparece no começo de “Sobre Alice”: “Minha mulher, Alice, tem a estranha propensão de limitar nossa família a três refeições por dia”. A graça está no fato de que a “propensão” de Alice não é extravagante, mas é contemplada por Calvin como se fosse um hábito exótico.

Alice é situada e mantida numa alteridade rigorosa, em que é impossível distinguir qualidades e defeitos: Calvin a ama e admira como a gente contempla, fascinado, uma espécie desconhecida num documentário do Discovery Channel. Se amo e admiro o outro por ele ser diferente de mim (e não apesar de ele ser diferente de mim), não posso considerar que minha maneira de ser seja a única certa. Se Calvin acha extraordinário que Alice acredite na virtude de três refeições diárias, ele pode continuar petiscando o dia todo, mas seu hábito lhe parecerá, no fundo, tão estranho quanto o de Alice.

Com isso, Calvin e Alice transformaram sua vida de casal numa aventura fascinante: a aventura de sempre descobrir o outro, cuja diferença inesperada nos dá, de brinde, a certeza de que nossa obstinada maneira de ser, nossos jeitos e nossa neurose não precisam ser uma norma universal, nem mesmo a norma do casal. Há quem diga que o parceiro ideal é aquele que nos faz rir. Trillin completou a fórmula: Alice era quem conseguia fazê-lo rir dele mesmo. Com isso, ele descobriu a receita do amor que dura.

sábado, 13 de setembro de 2008

Misunderstanding...

Imagine você querer bem uma pessoa, querer falar muitas coisas a ela, e quer ouvir também, é claro!
Mas quando encontra essa pessoa, você fica mudo, apático, outra pessoa.
E esse alguém acha que é com ela isso que se passa com você.
Como eu me sinto mal quando não consigo me expressar, quando nossa linguagem mostra suas limitações, o que poderia fazer?
Pode ser que as pessoas nos queiram prontos a todo tempo, mas pera lá!
Sou o que sou. O que não sou, pode ser que um dia eu venha a ser, mas não agora.
Não ainda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Amar é...


Sem vontade para escrever, sem vontade para muita coisa hoje.
Ainda não tenho uma válvula de escape grande o suficiente para aliviar isso.
E se tivesse eu me esvairia nela.
Afinal, tudo isso faz parte de mim.

Vamos fugir?

Queria fugir hoje.
E ir para uma ilha deserta.
Mas o mundo já está todo habitado.
Deserto só o meu coração ainda, até o dia da sua chegada.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

10 coisas que nunca vamos ouvir dos nossos chefes.


1. Você tem trabalhado muito, vai pra casa descansar;
2. Quer um aumento?
3. Nem eu faria este trabalho melhor;
4. Desculpe, eu estou errado;
5. Vou adiantar seu salário;
6. A culpa foi minha;
7. Escolhe qual computador você quer;
8. A empresa não funciona sem você;
9. Você é o chefe agora;
10. Quando eu morrer isto tudo será seu.

Quer dar um "UP" nas suas visitas?

Arnaldo Jabor, meu guru intelectual:


1. Deus é amor.
O amor é cego.
Stevie Wonder é cego.
Logo, Stevie Wonder é Deus.

2. Nada é melhor que a felicidade eterna.
Um tomate já é melhor do que nada.
Logo, um tomate é melhor que a felicidade eterna.

3. Imagine um pedaço de queijo suíço,
daqueles bem cheios de buracos.
Quanto mais queijo, mais buracos.

Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.

Quanto mais queijos mais buracos,
e quanto mais buracos, menos queijo.

Logo, quanto mais queijo, menos queijo...


4. Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

5. Disseram-me que eu sou ninguém.
Ninguém é perfeito.
Logo, eu sou perfeito.

6.Mas só Deus é perfeito.
Portanto, eu sou Deus.
Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder!!!!
Meu Deus, eu sou cego!!!

Em um banheiro público pode acontecer de tudo, ainda bem que só os utilizo em caso de vida ou morte. E olhe que por mim prefiro morrer em casa a ter que voltar a um desses WC (Water Closet)...


Estavam no banheiro um negão, um gaúcho e um japonês.

O negão tira sua ferramenta para fora e canta:

- Meu fuscão preto você é feito de aço...

O gaúcho não quis ficar para trás tira o seu e canta:

- Nessa longa estrada da vida...

O japonês indignado com aquela situação olha para os dois, tira o seu para fora e canta:

- Cadê você que nunca mais apareceu aqui...

Tadinha...


Minha mãe contou um causo que ouviu no seu trabalho:

Um rapaz evangélico conheceu uma moça na escola. Ela disse que não tinha namorado.
Ele acreditou, e começaram a namorar. Porém, essa moça tinha envolvimento com um traficante. E foram pegar ele na escola. Pedi para minha mãe poupar dos detalhes, mas o que ela deixou escapar foi que o resgate teve que dar choque (desfibrilador) para reanimar o moço.
E contam que vão atrás desses bandidos atrás de vingança, pois foi muito bruto o ocorrido, e bla bla bla...
Epa! Eu vi a conspiração. A moça se deu bem, ela que causou isso tudo e veja quem vai pagar...

Quero logo achar a minha, livre dessas perversidades, tirá-la desse mundo cão nunca-vacinado, e dar as costas a tudo isso.

Gripe - parte 2.


Acordei ainda gripado.

Fui ao médico, fiz uma radiografia. Havia umas manchas pelo que pude ver (fiz um semestre de facul para tecnólogo de radiologia, que já é lá alguma coisa...) , o médico falou que era secreção somente, como não referi febre a ele, disse que não era nada grave como uma pneumonia.

Fiz uma inalação simples de soro fisiológico , e ele pediu um hemograma completo só para averiguar e não ficarem dúvidas.

Fui até a sala de medicação aguardar para colher o exame. Havia somente uma ficha na frente, coloquei a minha por detrás, sendo assim o segundo na fila. Veio uma mulher, loira e colocou sua ficha em seguida. Na hora imaginei que na frente da minha. Dito e feito, ela foi tomar sua injeção + soro antes de mim. Tudo bem...tudo muito bem...

Essa mesma loira ao aguardar o soro se postou de costas a um senhor até agora meio desfalecido, que não tinha mostrado a que veio; mas não pude deixar de reparar nele que, ao olhar a moça de costas ganhou nova vida, não pôde disfarçar. Poucos podem.

Não vi nada demais nela, tem o que outra mulher tem da mesma forma.

Ouvi um grito! Meu Deus, o que acontece?? Vejo sair uma moça mancando detrás do biombo. Na certa uma bela injeção. Mas que frouxa, que frouxa!!

Tudo isso se passou em torno de 5 minutos desde a chegada àquela sala.

Que hora para tirar sangue! , só pelo primeiro contato com a enfermeira já vi que seria difícil essa tarefa...Pediu meu nome e sobrenome, já que não simpatizei mesmo, nem falei nada; entreguei meu cartão para que ela pudesse saber o que precisasse.

Era uma loira (nada contra, mas sou mais as morenas), veio direto no meu braço direito. Ora, sou eu que sei qual o melhor braço. - O esquerdo é melhor. - eu disse, já desaprovando por ela não ter perguntado algo a respeito

Tirou o garrote do braço menos destro e veio para o lado do coração. Começou a fazer caretas e meteu uma agulhada. É, meteu mesmo pela dor que senti, o certo era ela fazer uma punção venosa (que seria uma picada discreta), mas meteu mesmo a agulha no meu braço. E não na veia, pois não fluia sangue sequer. Não se contentando ficou caçando uma veia com a agulha já dentro do braço. Fui bem claro:

- Faça um novo furo no braço direito, pois não estou a fim de ser todo furado. - Ela entendeu o recado e foi pedir ajuda a uma outra enfermeira, disse atrás do biombo (e eu senti que ela disse) que não tinha acesso fácil...deixa ela comigo...

Veio então a nova loira, parecia ter mais frieza – coisa necessária para a função- mas não pude deixar de me sentir desconfortável com a idéia de ter sido furado sem sucesso...

A loira sem destreza, que me furou de graça, ainda me pergunta: - Você tem medo?

- Nada a declarar cara cidadã...

E assim, fui devidamente puncionado e amanhã terei o resultado do exame.

E só uma coisa, enfermeira. Não foi medo que eu senti. Foi ver que sempre que uma mulher se aproxima de mim só me machuca. E não foi diferente dessa vez, foi?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gripe.


Gripado, fazem (nossa!) 6 dias?! Como assim, foi "ontem" que comecei a tossir...
Bem, todo mês pego uma gripe, é de praxe.
Imunidade baixa? Nah! Como de tudo o que vem à mesa; anemia e baixa imunidade por má-alimentação será algo que nunca terei.
Não sei, sinto que meu corpo está se desintoxicando sabe. Drogas, bah! Não é disso que falo.
Realmente não sei, sinto-me expulsando alguma coisa que está aqui dentro e não tem me feito bem.
Sim, um corpo estranho. Mas não físico.
Sejamos mais diretos, sentimentos.
Há algum tempo atrás poderia fazer qualquer coisa (qualquer...) , tal eram as crises que eu tinha; pelo tanto que me fez bem, até agora há pouco inversamente me fez mal.
Porém, concluo hoje, gradativamente meu corpo está se libertando disso. Tenho me sentido mais livre, mais gripado e esperando a cura.
Moisés morreu e não entrou na Terra Prometida. Preciso correr atrás da minha felicidade, não quero morrer na praia mesmo!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Black Box


Tudo parece um acidente.
A vida, que começou por acaso.
O amor, que começou sem avisar.
A briga, que não era para acontecer.
E aquela queda, pois o avião que não foi projetado para cair.
Mas de fato, foi por acidente.Tudo.
E um dia será averiguado, desde o avião até o coração.
Isso é, se encontrarem a caixa preta.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ai se vira moda...

Minha senhora, como podeis ter todo o meu amor, e agora me diz que foi engano?
Ai de mim se vira moda.
Ainda ontem meu cão (já criado e bem alimentado) se voltou para mim e me segredou: "Muito obrigado, mas nunca foi meu dono; o que aconteceu é que me encontraste faminto e ferido, de mim cuidaste e me deste de comer. Mas não sou propriedade sua. Acho que estendeste mal. Tchau."
E já virou moda.
Juro-te, minha filha ontem completou seus 15 anos, e como estava linda! Linda e alegre.
Linda porque parece com a mãe, e sua alegria era minha curiosidade. Que logo passou.
"Papai, agradeço por tudo, desde o primeiro dia até hoje. Mas não és o meu pai. Não faça essa cara por favor, não é para se sentir mal com essa verdade. Tudo o que aconteceu foi que me tiveste quando era bebê, me ensinou a andar, a falar e a ser uma mulher. Mas como soma de todos os seus aprendizados, sei pensar e não preciso mais de ti. Pode alugar meu quarto se quiser. Tome, esse é meu novo endereço. Tchau."
Ai de mim.
Bem, se é moda, Deus precisa ouvir umas verdades.

Escambo

Ora, já se tornou uma troca de favores.
E não me contento com isso.
Tão bom é quando se desafia,
quando tudo vai contra e ainda sim sentimos que dá.
É um risco a se correr, pois o alto-mar não é pra qualquer um.
E quem fica na história é quem naufragou, não quem registra o acidente.
Quem fica na história é quem descobre novos céus e novas terras.
Ousar é viver. Viver é a maior ousadia, sem excessos.
Todo o contrário é covardia. E aos covardes os esfregões, e mandem todos lavar o convés.

domingo, 17 de agosto de 2008

Castelo de areia...mas é de areia que se faz o concreto...

Somos tão incapazes de amar.
Somos pequenos demais em relação à vida,
E grandes demais comparados ao amor.
Pois veja que, quando esse sentimento aporta cá em nosso peito: como as coisas mudam!, e como mudamos!
Passa um pouco, julgamos estar amando, e tudo se desfaz.
Não há mais o amor (independente das juras feitas).
Há uma contraparte dele, de multifaces.
Vazio.
E era uma vez o amor.
Isso aflora nossos sentimentos, desejos, anseios.
Depositamos numa pessoa desconhecida toda nossa carga, talvez nossa história também; sem reparar que somente você viveu e vivenciou cada momento da sua história. Em relação à sua vida, essa pessoa nada sabe, e creia, ela não é nada.
Agora o questionamento fica: O amor é pouco para nossos anseios, ou somos pequenos para o amor?